Salaam, Ça Va!

BEM VINDO aquele que vem colaborar. Discutir, propor, meter o nariz onde - por culpa minha - não foi chamado.

domingo, 17 de outubro de 2010

Voltei!

Meus Digníssimos!

    Antes de discutir sobre algumas coisas, queria convidá-los a visitar o blog dos trabalhos do 1 ano do colégio BJ deste ano. Já existem os link's para os blogs dos meninos. Então entrem e comentem! o endereço é www.trabalhosbj2010.blogspot.com e já está funcionando.

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              Fui assistir Tropa de Elite 2 - O Inimigo Agora é Outro. A crítica não especializada falou um bocado sobre este filme e houve um tom uníssono sobre a ousadia do diretor José Padilha em abordar a violência. Tive a sorte de ir com companhias (amigos e amigos de amigos) divertidas e bastante preocupadas com a narrativa expressa no filme. De fato, tecnicamente, a continuação é superior ao primeiro em vários aspectos. Desde a montagem às passagens de cena, da escolha musical à coordenação entre imagem - clima - sensação do espectador. A poética do filme funciona bem...
              Enquanto eu assistia, uma coisa não saia da minha cabeça. Há alguns meses postei alguma coisa sobre a Cocagne, um país mitológico medieval e, na postagem, falei sobre as utopias e outras coisas que, vez por outra, surgem nessas linhas (não tortas mas mal escritas). Do além mar, das terras dos croissants, uma amiga deixou um gancho que vou usar agora:

                  "As vezes a eleição das razões pelas quais se sofre é tb uma imagem criada pela sociedade."

                 Será que nossa Cocagne é Tropa de Elite? Há (e isso é quase inegável) uma catarse social nos temas abordados. "Bandido Bom e Bandido Morto" foi a bandeira de um dos candidatos às eleições de Recife e, seguindo o adágio, é o mesmo mote de Tropa de Elite. O interessante é que se as utopias são espelhos invertidos da sociedade, o que acontece quando a realidade já está invertida? Quando o corriqueiro é ouvir o que não se espera? "Fulano foi assaltado"..."Cicrano foi preso por dar golpes em cartões de crédito". Por mais comum que isto tenha se tornado, não é normal. Normal é aquilo que segue a norma ou a regula (como diriam os medievais) e a regra é a clara (como diria Arnaldo César Coelho quando Galvão deixa ele falar): somos judaico-cristãos ocidentais. Não matar e não roubar está no nosso DNA cultural. 
                 O que quero dizer é que NÃO, TROPA DE ELITE NÃO É NOSSA UTOPIA. Não é concluída, mas é o processo pelo qual se chegaria a tal utopia. O avesso do avesso. Se não temos um projeto utópico, se foi jogado ao reino do impossível e do fantástico, estamos elaborando um mecanismo perigoso para chegar lá.

Armas e ações extremas levam a medidas extremas...

Pra quem interessar posse, dá uma lida em Henry David Thoreau. Tá em e-book e é de graça! Aproveitei o 'livre conhecimento'!


                       

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