Salaam, Ça Va!

BEM VINDO aquele que vem colaborar. Discutir, propor, meter o nariz onde - por culpa minha - não foi chamado.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

E viva a etiqueta!

ETIQUETA ou ética menor tem uma história interessante. Credita-se sua invenção ao famoso rei Luis XIV (1643-1715), também conhecido pelo apelido de Rei Sol. Alguns se perguntam pra que, meu Deus, pra que essa frescura toda?! E, em certo ponto, concordo com a falta de utilidade. Mas, vamos por em perspectiva histórica para entender melhor.

OS GREGOS, padroeiros das atividades políticas, tinham um problema grande na mão: como fazer circular as notícias de forma rápida e ampla? A resposta não podia ser mais simples...a fofoca. Como não havia tablóides em circulação, a melhor maneira de fazer com que as informações certas chegassem a ouvidos incertos eram nas festas! Vinho, comida, preguiça, luxúria e conversas, muitas conversas. Os gregos deram ao mundo mais que a democracia. Deram o cenário de intrigas do qual a política vive...
DURANTE o apogeu do Estado Absolutista francês, algumas práticas antigas foram trazidas à baila mais uma vez. Os jantares requintados gregos exerciam função semelhante à descrita acima. Entretanto, devemos admitir isso, o universo com o qual nosso caro Luis XIV lidava era muito maior do que, por exemplo, o de Péricles em Atenas. Consideremos que, como nos afirmam historiadores especialistas no período, que em torno de 5% da população francesa era de nobres. Consideremos que, à época, a população francesa total não ultrapassava 40 milhões (estou sendo muito bondoso). São, pelos meus cálculos grosseiros, 200.000 nobres de vários tipos circulando este 'pequeno' Estado. Um pesadelo administrativo, na visão de Aristóteles. Como manter o controle e saber quem era freqüentador assíduo ou era simplesmente um flâneur? Uma boa maneira era criar regras elaboradas cujo conhecimento estava intrinsecamente ligado a vida na cotidiana na Corte. Ser cortesão significava - entre outras coisas - ter domínio sobre estas pequenas regras de convívio e comportamento, o nome pegou: etiqueta.  
SOU COMPLETAMENTE a favor da criação de algo semelhante no trânsito. Precisamos parar para pensar em regras de comportamento, convivência e tolerância nas ruas. E é a isto que me dedicarei pelas próximas postagens. 


"O grande segredo da educação consiste em orientar a vaidade para os objetivos certos." (Adam Smith)


sábado, 25 de dezembro de 2010

Ho Ho Ho, Feliz Natal!

MEUS DIGNÍSSIMOS leitores! Antes de escrever algo, desejo a todos um Feliz Natal e um Ano Novo de fato novo. Gostaria de comentar com vocês os projetos que tenho em mente para 2011:

1) Aderir à moda dos Video Log's. Não sei nem quando nem como fazer, mas tentarei. Prometo.
2) Começar uma ONG. É, essa vai ser bem mais trabalhosa. O nome será AÇÃO CIVIL PÚBLICA e é exatamente isto: propostas de ações civis públicas contra determinados descasos que acontecem em Recife. Ainda estou matutando.
3) A Ética da Vida no Trânsito. Achei a campanha do colégio Fazer Crescer maravilhosa: "E se, ao invés de buzinar, você disser Bom Dia?" Falta delicadeza ao volante. Falta muita. 

bom, vou lá! abraços e, acho, até 2011

domingo, 12 de dezembro de 2010

The Sword is WIKI than the Pen...

TROCADILHOS a parte - e citando a famosa frase de Edward Bulwer-Lytton - a diplomacia sempre foi uma arma bastante poderosa. Persas, gregos, romanos, árabes, chineses...sempre contaram com a sagacidade e - porque não? - manemolência de seus representantes locais para obter vantagens  quando a situação estava tensa. Desde que o homem aprendeu a falar e se comunicar com outras tribos também entendeu que saber a língua e conhecer os costumes locais é uma boa maneira e entrar e sair vivo de qualquer lugar.
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RECENTEMENTE, pra quem anda acompanhando, há uma polêmica pelo quase não-virtual mundo da internet. A instituição chamada WIKILEAKS expôs ao mundo sem limites (para o bem e para o mal) da internet documentos de relevância considerável. Arquivos de Guerra, documentos da diplomacia estadounidense...basicamente como o mundo é visto pela potência bélica e também como este mesmo mundo se organiza para não ficar tão a mercê. 


Este vai ser curto. Convido vocês a verem a página e tirarem suas conclusões.


" A DIPLOMACIA É UMA GUERRA POR OUTROS MEIOS"
Zou EnLai

terça-feira, 30 de novembro de 2010

...Reforço de primeira...

 RIO DE JANEIRO, Novembro de 2010. Por conta das ações do Governo do Estado para a preparação de dois grandes eventos (Copa do Mundo de Futebol e Olimpíadas), conflitos armados dominaram o cenários nestas últimas duas semanas. O suspense do silêncio era constantemente interrompido por balas em suspenso. Em uma ação de confrontamento direto com os criminosos traficantes, os policiais e exército tomaram os principais pontos de captação e venda de drogas da cidade.
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É CLARO que uma ação deste tamanho não pode ter uma versão uníssona. Além das mídias de massa, que noticiam as ações com um tom 'Parada Militar', existem aquelas que estão usando palavras, digamos, menos insípidas. Em uma breve retrospectiva, podemos dizer que sempre há uma desproporcionalidade de forças estatais quando se trata de repressão. Por favor, não estou dizendo que não deva existir repressão - sim, deve - mas a repressão vinda do executivo deve ser a última forma. O legislativo e o judiciário brasileiros assistem, de longe, as ações que estão tomando por palco o Rio de Janeiro. Vou dar duas perguntinhas pra vocês que me preocupam bastante.

  1. Qual a ação efetiva para que os locais 'pacificados' não se tornem pontos de tráfico após as ações policiais?
  2. Para onde os presos serão enviados?
A resposta para a primeira pergunta seriam as UPPs, Unidades de Polícia Pacificadora, cuja ação deveria aproximar a população dos policiais. Os romanos já faziam isso. Quando o exército 'romanizava' algum local, sempre deixava um destacamento militar e construía um fórum. As reações eram as mais diversas! Alguns acostumavam-se e obedeciam aos romanos; outros, como os vândalos, na primeira oportunidade atacavam justamente os símbolos dessa 'romanização' o que, evidentemente, gerava uma resposta rápida e violenta do Estado romano. Roma e o Estado Brasileiro têm o mesmo problema: jogar no executivo a responsabilidade de mediar todas a relações em áreas conquistadas. O resultado? Uma paz curta e tensa...


"O vencedor é sempre amigo da paz. "




sexta-feira, 12 de novembro de 2010

hahaha!


...só nos resta rir da situação...

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

...Mais uma vez, problemas no ENEM ou "O de sempre, por favor".

MEUS CAROS, a sensação do trivial é estranha. Digo isso porque sou um confesso e irremediável homem de hábitos. Sempre como as mesmas coisas, leio as mesmas coisas e escuto as mesmas coisas. Meu lugar comum é, na falta de palavra melhor, conforto cronológico de saber que se estou fazendo esta coisa neste momento, estou no horário certo. O cotidiano banaliza tanto certas ações que temos a dúvida de ter passado por ela ou não. "Será que almocei hoje?" É algo que já me passou inúmeras vezes pela cabeça. 
         Introduzi desta forma porque o tema o qual tratarei pode ser descrito como algo já esperado. O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), prova aplicada desde 1998 porém com efetiva e maciça participação desde o ano passado, conseguiu criar sua própria rotina. Não falo da rotina de estudos e preparação. Falo do erro. E erros aos montes. Como divulgado na imprensa e já amplamente conhecido daqueles que vivem nessa roda viva que é o vestibular, algumas provas amarelas do primeiro dia (Ciências Humanas e Suas tecnologias e Ciências da Natureza) vieram com pequenos defeitos - artesanais, de fato - como erro de encadernação ou repetição de questões. Houve, também, o embaralho na própria folha de gabarito. 
        Você que lê isto se pergunta: não peguei a prova amarela, e eu com isso? Bom, meu (minha) nobre, você terá que refazer a prova. Sim, refazê-la. De acordo com notícias amplamente divulgadas, há uma recomendação para a anulação do concurso organizado pelo INEP. Motivo? Quebra do princípio da isonomia, isto é, da igualdade de condições entre os concorrentes. Caso seja refeita a prova somente para os amarelos, vejamos os problemas:

    1. Uma minoria (cerca de 20 mil inscritos) terá uma segunda chance de fazer a prova. O que põe os outros quase 4 milhões e meio de concorrentes em posição de desvantagem.
    2. Caso a nota da segunda nota seja menor do que a primeira, como será feito? Será cancelado o teste inicial ou se levará em conta a menor nota? De novo, uma minoria terá a chance de optar pela nota em detrimento de uma expressiva maioria que ficará com seu resultado, qualquer que seja.


           Convenhamos, é muita dor de cabeça por conta de um concurso que desde antes da aplicação já mostrava problemas. Sinceramente, antes como cidadão do que como profissional do ensino, percebo duas coisas: primeira, uma falta de clareza no tratamento das notícias. Segunda -e mais grave - por dois anos seguidos o órgão responsável pela avaliação se mostra curto (é, pequeno mesmo) para atender um concurso com tamanho porte. Fica a sensação de que a opinião "A idéia é boa mas a execução é ruim" passará a ser o lema da prova. 

"Para que repetir os erros antigos quando há tantos erros novos a cometer."
Bertrand Russel 

domingo, 7 de novembro de 2010