Vocês estão acompanhando os noticiários sobre a América Latina? Bem, se não estão, nos últimos 20 dias as coisas mudaram um pouco. Pra começo de conversa, temos a abdicação de Fidel Castro (abdicação sim, renúncia é um termo muito morno). Foram 49 anos de governo completos! 1 de janeiro de 1959 começa um capítulo que seria, no mínimo, de grande importância para a História do século XX. Após uma tentativa frustrada de invasão do quartel de Moncada, em 1953, um jovem advogado oriundo da classe dominante (sim, dominante! Ele é filho de usineiro) chamado Fidel Alejandro Castro Ruz decide lutar contra um tenente que havia dado um golpe de Estado. Sua preparação no México o capacitou para um ousada ação de tomada do poder na pequena porém estratégica ilha de Cuba. Seu sucesso foi obtido a duras penas e o belíssimo palco da Sierra Maestra tornou-se um ícone da luta revolucionária.
Entretanto, cabe de fato discutir o próprio conceito de revolucionário. De fato, de acordo com os cânones da análise histórica, o que aconteceu em Cuba foi uma Revolução. Isto significa que teve ampla repercussão e apoio popular em toda a unidade nacional. Via-se em Fidel, Che, Cienfuegos os outros revolucionários o oposto do regime imposto por Fulgêncio Baptista, o tentente golpista que se proclamou general e assumiu o país. Entretanto, os rumos dessa revolução foram definidos pelo sabor dos ventos externos, bastante fortes nesta época. Entre 1959 e 1961, o regime cubano era sui generis: nem ligado aos americanos nem aos soviéticos. Mas o muro era bastante fino nesta época e, por melhor equilibrista que o Comandante fosse, tinha que cair para algum lado. E cai. em 1961 ele anuncia que a revolução é de caráter marxista-leninista! Ou seja, Cuba é socialista como a URSS. Fidel vira o ícone dos PC's da América Latina e a principal dor de cabeça dos Estados Unidos. Discursos inflamados, a idéia de transformar os Andes na Sierra Maestra da América Latina, o intercâmbio de conhecimentos de Guerrilha (e de pessoal também, Che Guevara andou um bocado nessa época) era um luxo que os Estados Unidos não estavam dispostos a ter...
Entretanto, cabe de fato discutir o próprio conceito de revolucionário. De fato, de acordo com os cânones da análise histórica, o que aconteceu em Cuba foi uma Revolução. Isto significa que teve ampla repercussão e apoio popular em toda a unidade nacional. Via-se em Fidel, Che, Cienfuegos os outros revolucionários o oposto do regime imposto por Fulgêncio Baptista, o tentente golpista que se proclamou general e assumiu o país. Entretanto, os rumos dessa revolução foram definidos pelo sabor dos ventos externos, bastante fortes nesta época. Entre 1959 e 1961, o regime cubano era sui generis: nem ligado aos americanos nem aos soviéticos. Mas o muro era bastante fino nesta época e, por melhor equilibrista que o Comandante fosse, tinha que cair para algum lado. E cai. em 1961 ele anuncia que a revolução é de caráter marxista-leninista! Ou seja, Cuba é socialista como a URSS. Fidel vira o ícone dos PC's da América Latina e a principal dor de cabeça dos Estados Unidos. Discursos inflamados, a idéia de transformar os Andes na Sierra Maestra da América Latina, o intercâmbio de conhecimentos de Guerrilha (e de pessoal também, Che Guevara andou um bocado nessa época) era um luxo que os Estados Unidos não estavam dispostos a ter...
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