Salaam, Ça Va!

BEM VINDO aquele que vem colaborar. Discutir, propor, meter o nariz onde - por culpa minha - não foi chamado.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Nos Calcanhares da Cocanha

Salaam povo!

...A Idade Média me fascina. E, como hobby ou como sina, sempre que posso leio algo sobre. Estou lendo um livrinho delicioso chamado Heróis e Maravilhas da Idade Média de Jacques Le Goff. Entre as coisas boas retidas nas linhas do francês, está a citação ao país mitológico chamado de Cocanha. É interessante como cada época cria sua fuga, sua imagem invertida (ou, como os espanhóis gostam, o espejo grotesco) da sociedade. Na Cocanha não há fome ou privação de qualquer prazer. Uma utopia onde poderia-se comer quem ou o que quisesse! Maravilha não? Mas acredito que caiba uma discussão um pouco mais profunda sobre isto...
O que me atrai profundamente na I. Média é o fato de que, vez por outra, ela é relembrada como alicerce de algum evento recente. A Cocanha ou Cocagne foi um dos grandes mitos fundadores da ideologia Hippie dos anos 60 e que teve como epíteto - ponto máximo - a juventude de 1969 e seu lema É Proibido Proibir. Este sonho, de uma sociedade em que o controle é feito não por um poder maior mas pela própria sociedade, de forma orgânica, é um dos sonhos das grandes teorias políticas do século XIX. Não seria a Cocanha, a Utopia ou a Cidade do Sol versões ingênuas do Estado Comunista ou Anárquico? E, se o são, quando a sociedade acordou e pôs no reino dos impossíveis estas alternativas?

É triste ver que sonhos são tão perecíveis quanto a realidade...

2 comentários:

Alice disse...

Marina Ribas bestão.
3o ano(ano passado)
Não passei pra Ciências Sociais.
Esse ano estou estudando, mas ainda não melhorei minha nota de história e geografia que ainda tá 7,5 no estilo enem e péssima no estilo covest.
Se tiveres uma dica de livro que me aprofunde eu me aponte questionamentos básicos me conte.
Não me chame de marina por lá, prefiro o anonimato, na realidade você ficou sabendo do blog porque eu descobri o seu e porque era a única forma de contato bilateral.

Denise Teixeira disse...

Bino, tô chegando no teu blog. Azar o teu q não me convidou. Eu quero mais é comentar!!!
Sempre achei interessante essa coisa da imagem que a sociedade cria dela mesma e como isso evoluiu (não conhecia a expressão q vc usou "imagem invertida).
Penso que essa imagem existe não somente na projeção de coisas que dão prazer, como a cidade imaginària onde tudo é permitido.
As vezes a eleição das razões pelas quais se sofre é tb uma imagem criada pela sociedade.
Abração.